sábado, 1 de junho de 2013

HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO - NOVIDADES


O Hormônio Anti-Mulleriano (HAM), junto com a contagem de folículos antrais por ultrassonografia, são os métodos mais utilizados para a avaliação da reserva ovariana. Considera-se que o HAM possa ser coletado em qualquer dia do ciclo menstrual, ou seja, o valor é o mesmo se for coletado logo após a menstruação, no meio ou no fim do ciclo menstrual.

Artigo publicado na Fertility and Sterility em abril de 2013 com 45 mulheres entre 20 e 33 anos chegou a conclusão de que o uso de pílula anticoncepcional por pelo menos 9 semanas consecutivas causa uma redução no valor do HAM.

Essa conclusão é muito importante para a prática clínica de especialistas em reprodução humana e para o ginecologista geral, uma vez frequentemente o valor desse hormônio é utilizado para se definir qual tratamento determinada mulher deverá ser submetida.

Um exemplo: o valor desse hormônio influencia na  decisão do médico no que se refere a dose de medicação para determinada paciente que será submetida a tratamento de Fertilização In-Vitro. A partir de agora deve-se levar em conta se a paciente estava ou não em uso de anticoncepcional antes da coleta deste exame.



Sanna Kallio, M.D.,  Johanna Puurunen, M.D., Aimo Ruokonen, M.D., Ph.D., Tommi Vaskivuo, M.D., Ph.D.,
Terhi Piltonen, M.D., Ph.D.,a and Juha S. Tapanainen, M.D., Ph.D. Antimullerian hormone levels decrease in women using combined contraception independently of administration route. Fertility and Sterility. VOL. 99 NO. 5 / APRIL 2013


 
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

CÓLICA MENSTRUAL PODE SER UM SINAL DE ENDOMETRIOSE



É com frequencia que encontramos mulheres jovens queixando-se de cólicas menstruais intensas que chegam a impossibilitá-las de exercer suas atividades do dia a dia. Geralmente essas mulheres já passaram por alguns médicos que apenas receitaram analgésicos, precreveram  pílula anticoncepcional e não se aprofundaram na investigação da causa de tamanha dor.

A Endometriose é uma doença que acomete 6 a 12% das mulheres em idade fértil  e caracteriza-se pela presença de tecido endometrial fora de sua localização correta. O endométrio é o tecido que reveste a camada interna do útero; é ele quem sofre uma descamação cíclica, também conhecida como menstruação. Na endometriose podemos encontrar o endométrio junto ao intestino, ovários, peritônio, bexiga, dentre inúmeras outras topografias.

Estudos identificaram que do início dos sintomas até o diagnóstico de endometriose transcorrem de 8 a 10 anos. Ou seja, do momento em que a mulher se queixa pela primeira vez de algum sintoma de endometriose, até o momento em que se faz o diagnóstico transcorre-se todo esse tempo.

A endometriose é uma doença benigna, que pode acarretar piora importante da qualidade de vida da mulher. Os principais sintomas podem ser cólicas menstruais intensas (dismenorréia), dor pélvica crônica, dor durante relação sexual (dispareunia), infertilidade, alterações intestinais e/ou urinárias cíclicas (que ocorrem concomitantes ao fluxo menstrual), dentre outros. Os sintomas são, de modo geral, dependentes da localização da doença.

O diagnóstico é presumido através das queixas da paciente, e através de algumas alterações que o médico identifica durante um exame físico minucioso. Os exames de imagem como o Ultrassom Transvaginal Especializado e/ou a Ressonância Nuclear Magnética tem papel fundamental na avaliação da mulher com suspeita de endometriose e apresentam acurácia diagnóstica ao redor de 95%.

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e deve sempre ser individualizado. É importante que a mulher procure um ginecologista especializado na abordagem dessa doença para que o tratamento adequado seja oferecido e ela possa desfrutar do máximo de ganho de qualidade de vida!
 
Dr. Luiz F. Henrique CRM: 120.314

sexta-feira, 24 de maio de 2013

INFERTILIDADE, QUANDO SE PREOCUPAR?


Define-se infertilidade conjugal como a ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de método anticoncepcional. Este limite de tempo é importante pois, após 1 ano sem conseguir engravidar, a probabilidade de sucesso cai drásticamente e o casal deverá procurar assistência médica para uma avaliação adequada.
A infertilidade atinge cerca de que 15% dos casais. É importante salientar que a fertilidade do ser humano é relativamente baixa. A chance de um casal engravidar é de aproximadamente de 20% ao mês. Assim, é comum demorar algum tempo entre o início das tentativas e a gestação.
Existem situações nas quais este tempo deve ser menor. Por exemplo, quando a mulher tem 35 anos ou mais deve procurar ajuda após 6 meses de tentativa. Outros exemplos são naqueles casais onde há uma suspeita de alteração inicial, como presença de menstruações irregulares, Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose, infecção pélvica prévia, gestação ectópica anterior, laqueadura tubárea ou vasectomia.
Causas
Para que ocorra gravidez, inúmeras etapas do processo reprodutivo precisam estar em perfeito funcionamento. As principais fases são a ovulação, a captação do óvulo pela tuba, a fertilização deste pelo espermatozóide e, por fim, a implantação do embrião no útero. As as principais causas de infertilidade são:
Fatores femininos

·                     Problemas na ovulação (fator ovulatório)
·                     Alterações tubárias (fator tubário)
·                     Alterações no útero (fator uterino)
·                     Endometriose.

Fatores masculinos

·                     Problemas na formação, no transporte ou na ejaculação dos espermatozóides.

Ressalta-se que 10% dos casais não apresentam uma causa clara para explicar a infertilidade, mesmo após investigação completa. Por outro lado, cerca de 20% dos casais apresentará problemas tanto na mulher como no homem, o que explica a importância de sempre investigar ambos.

sábado, 18 de maio de 2013

INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA, QUANDO DEVE SER REALIZADA?


Um número cada vez maior de casais enfrenta dificuldade para engravidar e ter seus filhos. A infertilidade é causada por diversos motivos e há diferentes opçoes de tratamento, como por exemplo,relaçao sexual programada,  inseminaçao intra-uterina e  fertizaçao in-vitro.
 
A Relação Sexual Programada consiste em um acompanhamento ultrassonográfico (cerca de dois a três exames por ciclo menstrual) somado ao uso ou não de medicações para se induzir ovulação. Dessa forma, é possível se identificar o momento ideal para se deflagrar a ovulação e indicar as datas corretas para se ter relação sexual.
 
A inseminação intrauterina consiste na introdução de sêmen do parceiro dentro da cavidade endometrial da mulher (dentro do útero) e deve ser realizada durante o período de ovulaçao. O sêmen deverá passar por um procedimento que melhora sua qualidade e assim aumenta a chance de fertilizar o óvulo e assim, gerar um embrião.

Para que este procedimento ofereça maior chance de gestação, o ciclo menstrual deverá ser acompanhado através de ultrasom-transvaginal realizado de modo seriado, ou seja, de dois a três exames no mês. Dessa forma, é possível identificar o momento ideal para se deflagrar a ovulação e realizar a inseminação.

Essa técnica apenas oferece maiores chances de gravidez do que a relação sexual programada se a qualidade do sêmen, avaliada através de um espermograma, não for tão boa. Se após a avaliação do casal, realizada por médico especialista em reproduçao humana, identificar-se qualidade de sêmen normal e ciclos menstruais ovulatórios, a inseminaçao intrauterina não ofereçerá maiores chances de gestação do que a relaçao sexual programada, ou mesmo, do que ter relações sexuais sem nenhum acompanhamento médico.
 
Se você e seu parceiro(a) estão com dificuldade para engravidar ou com dúvidas em relação a sua fertilidade, conversem com um especialista em reproduçao assistida.


Dr. Luiz Fernando de Oliveira Henrique  CRM: 120.314

quarta-feira, 15 de maio de 2013

SEM FILHOS AOS 35 ANOS, VALE A PENA PENSAR EM PRESERVAÇÃO DE FERTILIDADE

     Cerca de 10% da população em idade reprodutiva apresenta problemas relacionados a fertilidade. Alguns estudos demostram o declínio do índice global de fertilidade, principalmente entre mulheres com mais de 35 anos de idade. Dentre vários fatores, o principal está a mudança no comportamento reprodutivo da mulher que postergou a maternidade em favor da vida profisional, fato que a expõe a maior risco de ginecopatias como infecções tubárias e endometriose, além da diminuição da reserva ovariana.     

     Entende-se por reserva ovariana a quantidade de óvulos remanescentes nos ovários de uma mulher. Uma adolescente apresenta cerca de 400.000 óvulos. No decorrer da vida esse número se reduz até o momento da menopausa, quando o número dessas células se aproxima do zero. O ritmo de perda de óvulos independe do número de gestações que essa mulher teve, se usou ou não anticoncepcional, etc. A perda e o envelhecimento dos óvulos sempre ocorre, independentemente de qualquer fator externo.

     Dessa forma, a fertilidade feminina diminui basicamente devido a dois fatores. Primeiro: diminuição da quantidade de óvulos; segundo: devido ao envelhecimento desses óvulos. O envelhecimento dos óvulos diminue a capacidade reprodutiva das mulheres uma vez que apresentam menor capacidade de ser fertilizado por um espermatozóide, e além disso, ao ser fertilizado, apresenta maior risco de cromossomopatia. As cromossomopatias podem levar a abortos espontâneos de 1º trimestre de gravidez ou a mal formações, como a Síndrome de Down.

     Diante desse cenário a Preservação de Fertilidade ganha importância. Atualmente é possível realizar tratamentos que congelam os óvulos para serem utilizados em um momento futuro. Ao realizar tal procedimento aos 34 anos por exemplo, uma mulher que pretende engravidar aos 38 anos apresentará chances de gestação próximas as que ela tinha aos seus 34 anos. São óvulos com 34 anos de idade, são mais jovens, e portanto, apresentam maior capacidade de gerar uma gestação.

     Podemos utilizar alguns testes para avaliar a Reserva Ovariana de uma mulher. Dentre eles estão a dosagem do Hormonio Anti-mulleriano, a Ultrassonografia com Contagem de Folículos Antrais, dosagem de FSH, Inibina, entre outros. São testes úteis visando ao aconselhamento individualizado à paciente.

     Fica a mensagem: se você está chegando aos 35 anos e a maternidade não está nos planos de curtíssimo prazo, vale a pena conversar com um especialista sobre Preservação de Fertilidade!

Dr. Luiz Fernando de O. Henrique CRM: 120.314

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Depressão Pós-Parto

Aprenda um pouco mais sobre essa doença tão prevalente e tão pouco diagnosticada. Não é fácil para uma mulher reconhecer que está deprimida após um parto, momento tão esperado e celebrado por muitos casais, mas a informação pode ajudá-la a procurar ajuda e melhorar e muito sua qualidade de vida: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/especialista-tira-duvidas-sobre-depressao-pos-parto

terça-feira, 27 de julho de 2010

TÉCNICA PERMITE QUE PACIENTES CLAUSTROFÓBICOS FAÇAM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE FORMA CONSCIENTE E CALMA

Imersa em uma cachoeira no meio de uma floresta tropical, a tradutora Elaine Pereira, de 43 anos, conseguiu fazer a ressonância magnética que tanto temia. A cena, na verdade, estava só na mente dela. Hipnotizada, foi capaz de relaxar sem a necessidade de sedativos. A técnica, aplicada em um hospiral de São Paulo, permite que pacientes claustrofóbicos passem pela máquina de forma consciente e calma.

A hipnose é usada como alternativa para a anestesia. A vantagem principal é que, diferentemente da injeção, o procedimento não afeta a percepção. Após o exame, o paciente pode, por exemplo, voltar para casa dirigindo.

Em relato de uma paciente: "Para mim, foram apenas 5 minutos, mas sei que fiquei uma hora dentro da máquina", diz. Ela procurou a alternativa após uma experiência ruim com a ressonância. "Tenho claustrofobia, mas nada que atrapalhe a minha vida. Só que durante o exame, além de o espaço ser pequeno, você não pode se mexer", conta.

A capacidade de responder aos estímulos dos médicos é outra vantagem da hipnose. O procedimento, reconhecido pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, deve ser praticada por profissionais de saúde após treinamento. No ano passado, a Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria (SBHH) capacitou cerca de 700 médicos, psicólogos e dentistas.